Doutorado: “Aglomerados globulares extragalácticos: de uma nova família de modelos de população estelar à sua aplicação"

Data

Horário de início

09:00

Local

Sala de Aula P 209, Prédio Principal - IAG/USP

Defesa de tese de doutorado
Estudante: Vinicius Branco Silva
Programa: Astronomia
Título:  “Aglomerados globulares extragalácticos: de uma nova família de modelos de população estelar à sua aplicação"
Orientadora: Profa. Dra. Paula Rodrigues T. Coelho - IAG/USP

Comissão Julgadora:

  1. Profa. Dra. Paula Rodrigues Teixeira Coelho – Presidente e Orientadora – IAG/USP
  2. Prof. Dr. Jorge Luis Melendez Moreno – IAG/USP
  3. Profa. Dra. Lucimara Pires Martins – UNICID
  4. Profa. Dra. Ana Leonor Chies Santiago Santos – UFRGS (por videoconferência)
  5. Prof. Dr. Bruno Moreira de Souza Dias – UNAB, Chile (por videoconferência)
  6. Dra. Simone Daflon dos Santos – ON/MCTI (por videoconferência)

Membros Suplentes:

  1. Profa. Dra. Ariane Lançon - University of Strasbourg, França
  2. Profa. Dra. Beatriz Leonor Silveira Barbuy - IAG/USP
  3. Prof. Dr. Marcos Perez Diaz - IAG/USP
  4. Prof. Dr. Charles José Bonatto – UFRGS
  5. Prof. Dr. Ricardo Piorno Schiavon – LJMU, Reino Unido
  6. Prof. Dr. João Francisco Coelho Santos Jr. – UFMG

Resumo: 

Aglomerados globulares (AGs) são inestimáveis para avançar nosso conhecimento
em astronomia Galáctica e extragaláctica. Na Via Láctea, aproximadamente todos
AGs antigos e massivos abrigam multiplas populações (MP) de estrelas,
apresentando múltiplas sequências em todas as fases evolutivas estelares no
diagrama cor-magnitude, e afetando índices espectrocópicos. A principal evidência
das subpopulações em AGs são as anticorrelações químicas nos elementos leves.
Assim, os AGs apresentam uma ``primeira população'' (1P), com abundâncias
típicas de estrelas de campo, e uma ``segunda população'' (2P) enriquecida em N
e Na e depletada em C e O. Se os AGs extragalácticos forem equivalentes aos
Galácticos, os efeitos das MPs também devem ser observados na luz integrada.
Assim, fornecemos resultados espectrofotométricos para separar 1P e 2P na luz
sintética integrada de AGs em vários regimes de metalicidade com base em
técnicas de síntese de população estelar. Para isso, calculamos modelos de
atmosferas e espectros estelares sintéticos para produzir a luz integrada das
subpopulações, empregando dois métodos: 1) estrelas resolvidas no diagrama cor-
magnitude de GCs Galácticos, e 2) isócronas que consideram o cenário de formação
de MPs por estrelas massivas de alta rotação. Por fim, medimos índices
espectrofotométricos nos espectros integrados produzidos, levando em conta
flutuações estocásticas. Validamos resultados da literatura sobre a sensibilidade no
óptico de índices espectrais aos efeitos das MPs e expandimos os resultados para
outros regimes de metalicidade. Propusemos novos índices espectrais sensíveis aos
efeitos das MPs nas faixas de comprimento de onda próximo ao UV e óptico, que
demonstram robustez na separação das subpopulações 1P e 2P. Sugerimos um
pseudodiagrama fotométrico combinando filtros do HST, que efetivamente separa
1P de 2P. Estamos avançando na caracterização das MPs em ambientes de AGs
extragalácticos, com a identificação de índices espectrofotométricos sensíveis. No
futuro, a física estelar atualizada, levando em conta diversos processos de mistura
química, pode melhorar nossa interpretação de candidatos a cenários de formação
de MPs em AGs.

Palavras-chave: atlas, aglomerados globulares: geral, estrelas: atmosferas, estrelas: abundâncias,
estrelas: evolução, estrelas: baixa massa, estrelas: População II